sexta-feira, 22 de março de 2013

Liberdade é poder-ser

     A vida é feita de escolhas. Escolhas estas que exigem mudança, dedicação e, inevitavelmente, estar preparado para possíveis intempéries. Já dizia Sartre que estamos condenados a ser livres e, assim sendo, podemos exercer a nossa liberdade.
     Naturalmente é de se esperar que o ato de praticá-la não corresponda, na maioria dos casos, em uma atividade pacífica, a qual nos conduz tranquilamente para um caminho que nos realize existencialmente. O exercício da liberdade exige de nós um preço, tanto material quanto subjetivo: estar preparados emocional e financeiramente. Ciente disso, por quê não lutar?
     Mas quem nos assistirá no momento em que "lançarmos-nos" no terreno das novas possibilidades? Acaso ficaremos relegados à miséria e solidão? Creio que não, afinal, apesar de não ser de obrigação de ninguém estabelecer uma relação de "cuidado" nessas horas, a malha social, não de maneira uniforme, assume uma postura empática e moral: não é deste mesmo tecido que surge o ditado popular "uma mão lava a outra"? Portanto não, não ficaremos desassistidos!
     A questão, entretanto, vai nos acompanhando no percurso da alforria sem ser respondida, ao menos não de imediato. E o futuro tão misterioso, tão obscuro permanece escondido por uma trama ainda não desenrolada. Cabe a nós estar preparados para o novo, para o agradável e o árduo, por vezes doloroso. A vida é isso mesmo: explosão, movimento, nascimento e morte das mais variadas formas e formas.
     Cabe a nós confiar sempre e duvidar nunca de nossa capacidade, apostando todas as cartas na nossa auto-confiança. Isto não é auto-ajuda, é a mais pura verdade! Cabe a nós sermos nós!

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