terça-feira, 10 de julho de 2012

O elo entre nós e as formigas

    O mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas! Não é impressionante? Sim, é. É tanta gente que perdemos a dimensão de pensar todos os rostos e todos os sujeitos existentes, que apagam e acendem a todo momento! 
    É tanta gente que perdemos nossa própria essência... Quantos no mundo sabem de sua existência? Acho que é essa a questão que explica o porquê de tanta gente querer ser famosa, ser vista pelas outras e  sua existência reconhecida por muita gente. Elas precisam da confirmação dos outros de seu ser que é, mas não sabemos como seja.
    Não queria aqui nem entrar na questão do anseio de viver que nós temos, mas é necessário referir a isso, uma vez que somos seres agonizantes pela vida, respiramos pesarosamente para viver e estamos pré-programados para lutar por ela. A vida... A "coisa" mais impressionante para nós, tão impressionante que inventamos as religiões para salvaguardá-la, conferir legitimidade e sua continuidade em outros planos longe daqui.
    A vida, uma questão tão indissolúvel para nós que por mais que cogitemos a desvendar seus mistérios o máximo que encontraríamos seria a nossa nudez diante do Universo. E o que passasse desse ponto seria anseio de viver, de não querermos ser nada no meio do tudo. Muitas vezes sou condenado por pensar nisso! Imaginem! Querem colocar em minha cabeça que não tem futuro imaginar as não possibilidades, aquilo que pode ser engano para todos nós! Acreditar na maioria das coisas que os outros de nós falam é pedir o silêncio para a dúvida. "Nós temos a certeza, então cale-se!".
   Precisamos ter um objetivo divino? Precisamos saber se viemos do acaso? Afinal, somos capazes de obter respostas sobre isso? Para muitos pensar nessas coisas causa até mal estar, sentem um profundo desconforto de se sentirem pequenos. O que me faz perguntar: e somos o quê por acaso? Gigantes?! Somos como formigas, miríades de formigas, aleatóreas no seu trajeto e cientes, no máximo, do outro formigueiro ao lado.
   Os que me conhecem já sentem até abuso de me ouvir falar que a minha única certeza é a ignorância, de quem sou, para onde vou e o que representa tudo isso. Que Sócrates me escute nessa hora, porque "só sei que nada sei".
 

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