quinta-feira, 26 de julho de 2012

Eureca!

    Conclusão primeira: o mundo real é o mundo das dúvidas, e não das certezas. Ou seja, se alguém afirma ter plena certeza sobre qualquer coisa ela só pode estar louca! Sim, é verdade... Isso que acabei de anunciar parece se tratar de uma "certeza", não? Ainda que da ignorância das coisas. Dizendo assim pode ser que já esteja louco, inclusive desde quando nasci, em menor ou maior grau, mas não. Ou pelo menos penso que não...
    Inclusive é bem provável que concorde comigo sobre a existência de certas "possibilidades prováveis demais", que não certezas, pois que já disse que eram muito complicadas para serem verdadeiras. E, a caráter de exemplo, cito a religião, tema muito tentador e que aglomera muitos ávidos por discussões ou até brigas reais! Mas não é à toa, vejamos o porquê: de um lado os religiosos acreditam que aquilo o qual pregam é a  certeza e dela não abrem mão, nem que Jesus transforme toda a água do mar em vinho! Do outro lado estão os céticos, ateus, cientistas e os cientistas céticos ateus, defendendo ser a religião uma grande ilusão, algo como um conto de fadas.
    Neste embate, quem está certo, isto é, quem tem a certeza das coisas? O cientistas céticos ateus ou os religiosos? Curioso para saber? E se eu te dissesse que não sei a resposta? Seria um absurdo? É justamente aqui que entra aquilo que falei sobre "possibilidades prováveis demais". O que é mais provável acreditar: em fatos, e por isso comprováveis, ou em fé? Ok, fé é fé, é algo tudo ou nada, assim como a mega sena, ou é ou não é, ou ganha ou não ganha.
    E alguém já dizia que opinião é igual ânus, cada um tem o seu, e como não poderia fugir a essa regra, também tenho o meu, quer dizer, a minha, e opto pela abertura que a dúvida permite: novos ensejos, novas possibilidades, coisa que o caminho da fé não permite, visto que a dúvida é tida como coisa do diabo.
    É uma discussão tão complicada, que já leva milênios e não vai ser agora que a destrincharei, todavia posso, sim, defender um ponto de vista, aquele que permite ser, e não o que diz que "é", pois "o que é" não sei, sei apenas o que poderia ter sido e "olhe lá"...!
   
   
    Mais opinião: Segundo Marilena Chauí, em Convite à Filosofia, a loucura é pertinente à "pessoa que inventa uma realidade existente só para ela" e a razão, oposta à loucura, "se refere a uma realidade que é a mesma para todos, ainda que não gostemos das mesmas coisas".

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