segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Respondendo questões!

Como você avalia a diversidade teórico-metodológica presente na Psicologia?


Provavelmente uma primeira reação que se expressa em minha mente em função desta diversidade é de dúvida, ou questionamento: por que existem tantas concepções teórico-metodológicas em torno de um mesmo objeto – o "homem"? Outra reação que aparece logo em seguida, quase como consequência da primeira, é de tentar resolver este enigma e dissolver esta questão.
Confesso que não tem sido uma tarefa muito fácil, pois os domínios teóricos da Psicologia são vastos e cada qual tem uma fundamentação lógico-argumentativa muito convincente. Se o raciocínio lógico está em todas elas bem encadeado, o que as difere enquanto correntes teóricas? São seus pressupostos (filosóficos)! Cada qual traz consigo diferentes concepções de homem e, em função delas, suas prováveis deduções (ou induções).
Mas, afinal, isto é bom? Isto é ruim? Se bom ou se ruim, em que medida? Bem, não sou o tipo de pessoa/ser humano/sujeito que valorize um entendimento humano esfacelando-o e analisando suas partes, sem, dessa maneira, considerar o âmbito holístico, geral. E por isso certamente não encaro a existência de tantas correntes teórico-metodológicas como algo tão bom, isto é, a qual mais contribua que desagregue conhecimento em torno dele. Sem falar, é sabido de todos, que os adeptos de uma ou outra teoria muitas vezes se enclausuram tanto em seus conceitos que perdem a dimensão da vida humana e de suas peculiaridades.
Obviamente que a diversidade tem suas vantagens e dividir a “mente”, o “cérebro”, o “psíquico”, ou quaisquer outras denominações semelhantes a essas, traz consigo uma qualidade inquestionável: observar e estudar utilizando-se diferentes ângulos e perspectivas, enriquecendo e contribuindo, até certo modo, para a completude dos conhecimentos acerca do homem. Até certo modo, porque, como havia referenciado anteriormente, quando se parte para o “enclausuramento” presencia-se muito mais uma ruptura, quebra ou afrouxamento que uma construção, somatório, daquilo o qual é verdadeiramente ser humano.
Bom, no momento prefiro me apegar à seguinte sábia frase de Voltaire: “Posso não concordar sequer com uma palavra do que disseres, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la”.Talvez seja esta mesmo a melhor opção a ser feita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário