domingo, 11 de agosto de 2013

Face de disfarce

Existem tantas vozes esperando ser escutadas,
E tantas outras que permanecem caladas...
Vivemos num mundo onde o medo é imperativo
E olhar nos olhos é um perigo.

São tempos de almas frias
São tempos de escuros dias
Quem te olha na face?
E pra quem você tira o disfarce?

São tempos de almas presas
São tempos de represas
De sentimentos.
E de rebentos,
De palavras.

Um comentário:

  1. Olá, Victor,
    Quero pedir desculpas por não ter vindo mais vezes ao "Arquivo aberto" nos últimos tempos, mas faltou-me tempo para esta tarefa. Contudo, abri uma brecha nos afazeres para dar uma olhada em seus textos mais recentes.
    Este "Face de disfarce" chamou minha atenção logo de cara, pois evidencia alguns aspectos sobre os quais eu aprecio discutir: hipocrisia (disfarce), solidão (almas presas) e incompreensão (almas presas, que buscam ser entendidas e aceitas, mas que são tratadas com negligência e desprezo). Vejo aí muita profundidade e crítica subjetiva - embora isto pareça uma antítese.
    Eis aí o que, à primeira vista é bastante perceptível neste texto.
    Espero poder voltar aqui com mais regularidade.
    Uma última observação: no meu blog, que você já fez a gentileza de conhecer, "metamorfosedaleitura", eu adicionei uma janela de bate-papo, na qual é possível conversar em tempo real. Pelo menos uma vez por dia eu estou lá, mesmo que às vezes só de passagem... Caso se interesse e você volte lá, poderemos conversar sobre livros (minha temática) e, mais amplamente, sobre literatura, inclusive nossas produções textuais.

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