domingo, 2 de dezembro de 2012

Violeta de sangue

Eu não posso entrar neste compasso...
Nem render-me aos suspiros deste laço,
Pois que tamanha dor de su'alma se expande
E das feridas abertas caem lágrimas de sangue!

Mas algo em ti me contagia
E entrando em seu ser jamais diria
Que sua contida face guarda mais que sofrimento,
Mas uma infindável fonte de beleza por dentro!

Um convite pois te faço neste momento:
Que ame, sonhe e faça mais que espere,
Pois que nada mais nesta vida fere
Que só viver para o sofrimento!

E de tantas gotas de sangue escoadas da alma
Nasça em ti, finalmente, a calma
E um lugar sereno onde pouse uma leve borboleta
Nas belas pétalas de uma adornada violeta...

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